quarta-feira, 29 de abril de 2015

ESPIRITOS OU FANTASMAS?

Desde que se tem relatos, aparições de espíritos, fazem parte da historia da humanidade. Lenda ou verdade?
Apesar de cético, ao assunto, tenho minhas duvidas, até por ter presenciado algumas vezes atividades bizarras. 
A existência de vida pos-morte, ainda é um mistério para nos (os vivos). Nosso cérebro é tão poderoso, que ele pode criar imagens, audio, criar sensações, cheiros e até mesmo nos fazer interagir com seres imagináveis, diante a descargas de adrenalina ocasionadas pelo medo. 
Fenômenos paranormais são relatados em todas as partes do mundo, em diversas épocas. Mas, será que é possível a existência de espíritos e fantasmas? 
Vamos primeiro entender as definições de espíritos e fantasmas.
Espirito é sinônimo de fantasma, porem a primeira faz referencia á alma humana ao imaterial, quanto que fantasmas, são alegorias dos espíritos. São figuras que se estabelecem em determinado local por algum motivo especifico, e que sua principal função é assustar as pessoas, já que não podem nos tocar, por se tratar de espectros, ou seja, luz. 
Mas tem um porem, se não acredito em fantasmas isso leva a não acreditar no sobrenatural. Certo? Errado. Deus, é um ser sobrenatural, concordam? Pois bem, apesar de não acreditar em fantasmas, acredito no poder superior, no poder divino. Até por uma questão de ser humano eu careço na necessidade de acreditar em algo superior, e Deus é minha fonte de luz e força. Como havia dito, já presenciei atividades bizarras, barulhos, sensações e cheiros, mas não creio que seja obra de espíritos humanos, assim como pra mim existe um Deus, também acredito na existência do mal, e que podem se transfigurar em fantasmas. Bizarro? Nem tanto. 
Em tese, fantasmas são espíritos errantes, que por vários motivos não encontraram o caminho e acabaram se tornando entidades. Cada religião tem seu modo de explicar, mas não irei entrar no mérito, pois não é o objetivo deste artigo, mas tentarei abordar as explicações principais. 
A permanecia de um espirito neste plano, se deve a inúmeros motivos. São eles;

  • Pendencias a serem resolvidos (apesar de que ninguém morre antes da hora)
  • Pessoas que são muito apegadas a coisas materiais 
  • Pessoas que morrem, e não se dão conta do que ocorrera (especula que esses espiritos, ficam repetindo o momento exato da morte, por tempo indeterminado)
  • Espíritos aprisionados por entes ainda vivos. Oferenda por exemplo é um meio de se aprisionar um espirito. Mas depois de um tempo esses espíritos acabam se tornando entidades ou mais conhecidos como "encosto". 
Isso nos fornece uma ideia de como funciona o mundo espiritual. Claro que é algo bem mais complexo do que poucas palavras aqui redigidas. 
Ainda no campo da crença, não consigo aceitar a ideia de que Deus permita que isso ocorra com espíritos. Somos filhos Dele, e não acredito que Ele permitiria algo assim, acredito de que nenhuma alma seja perdida, por mais pecadora que ela tenha sido. 
Mantendo ainda o foco, pesquisei alguns lugares que seriam uma atração e tanto para quem gosta do assunto. São lugares que supostamente seriam assombrados por fantasmas. Confira a matéria. 

EDIFICIO JOELMA
Endereço: Praça da Bandeira, Rua Santo Antônio, 184 e Av. Nove de Julho, 225

1º de fevereiro de 1974 marcou a história de São Paulo. Naquela manhã, apenas três anos após sua inauguração, o Edifício Joelma (agora chamado de Edifício Praça da Bandeira) foi palco de um gigantesco incêndio causado por um curto-circuito em um equipamento de ar-condicionado. Ao todo, foram 179 mortes e 300 pessoas feridas na tragédia.
No momento do incêndio, 13 pessoas tentaram escapar pelos elevadores, mas acabaram morrendo carbonizadas. Como na época não existiam exames de DNA, o estado dos corpos impediu a identificação dos cadáveres e, com isso, nasceu O Mistério das Treze Almas. Embora alguns milagres sejam atribuídos às almas desconhecidas, muitos acreditam que espíritos de mortos no incêndio ainda vagam pelo local.
Mas as histórias macabras do Joelma não param por aí. Na verdade, o começo de tudo é na década de 40, com o que ficou conhecido como Crime do Poço. O professor Paulo Camargo assassinou suas duas irmãs e a própria mãe e, em seguida, enterrou as mulheres em um poço.

Assim que os cadáveres foram descobertos, o professor se suicidou e o crime foi arquivado. Algumas pessoas acreditam que o fato deu origem a uma maldição ao local. O Edifício Joelma foi construído sobre o antigo poço, o que faz com que muitas pessoas acreditem que o incêndio foi apenas fruto da Maldição do Poço.





TEATRO MUNICIPAL
Endereço: Praça Ramos de Azevedo, sem número

Como todo bom teatro antigo, o Teatro Municipal também é o cenário perfeito para que fantasmas apareçam. Algumas pessoas acreditam que os espíritos de artistas que costumavam se apresentar no local ainda permanecem presos ao prédio.
Diversos seguranças e funcionários que trabalham no período noturno já relataram teclas de pianos sendo acionadas sozinhas, além de sons de óperas sendo cantadas e movimentos nos camarins, mesmo com o teatro vazio.

CAPELA DA SANTA CRUZ DOS ENFORCADOS
Endereço: Praça da Liberdade - SP

No ano de 1921, o cabo Francisco José das Chagas lutava por igualdade de salário e melhor tratamento dos soldados e, por isso, foi punido com morte por enforcamento. No dia da execução, a corda arrebentou duas vezes, o que foi encarado por muitos como um sinal de que ele deveria ser inocentado. Mesmo assim, Chaguinha (como era apelidado) faleceu. Ali foi construída uma capela, local em que o fantasma do soldado aparece com frequência, segundo relatos.

EDIFICIO MARTINELLI
Endereço: Rua São Bento, 397 a 413, Av. São João, 11 a 65 e Rua Líbero Badaró, 504 a 518.


Em 1947, o menino Davilson foi estrangulado e jogado no poço do elevador por um assassino que se intitulava Meia Noite. No mesmo local, outro assassinato brutal aconteceu em 1960, quando cinco bandidos estupraram e mataram a menor Márcia Tereza em um dos prédios.
Existem diversos relatos de aparições de espíritos no local. Além da de Davilson, várias pessoas já avistaram uma mulher loira sem rosto caminhando pelos corredores durante a noite. Além disso, há relatos de portas de armários que batem sozinhas.
Outro espírito “conhecido” de quem frequenta o prédio seria o de uma mulher morena, de cabelos compridos, que morreu no edifício na década de 30. Segundo testemunhas, seu espírito insiste em trabalhar à noite e é possível ouvir seus passos, com a mulher andando de salto alto em alguns andares do prédio.

VALE DO ANHAGABAÚ E VIADUTO DO CHÁ
O significado do nome já dá uma amostra do que o local esconde. “Anhangabaú” significaria “rio do Diabo”, pois vários índios morriam ao tentar se banhar em suas águas, que seriam amaldiçoadas. Quando foi construído, o Viaduto do Chá ficou conhecido como “suicidório municipal”, já que o local era escolhido com frequência por pessoas que queriam tirar suas vidas.

A CASA DA DONA YAYÁ
Endereço: Rua Major Diogo, 353.
Sebastiana de Melo Freire, mais conhecida como Yayá, foi diagnosticada com distúrbios mentais após a morte de seus pais e o suicídio de seu irmão mais velho. Por isso, foi trancada em uma chácara pela família por mais de 40 anos. Yayá só podia ocupar dois cômodos do local, até a sua morte, em 1961.

Lugares e historias de arrepiar a espinha. Apesar do cestissismo predominar em forma de logica, sou apenas um ser humano, e de forma alguma encararia lugares como esses. E vocês, teriam coragem de passar uma noite em um lugar assombrado?

segunda-feira, 27 de abril de 2015

SIMBOLOS MAÇONICOS E SEUS SIGNIFICADOS

Maçonaria - Aqui alguns de seus símbolos e seus signicados


ACÁCIA OU MIMOSA

Representa a inocência e a pureza, a segurança e a certeza. Foi um ramo de acácia que os companheiros de Hiram encontraram no seu túmulo improvisado. A Acácia é inicialmente um símbolo da verdadeira Iniciação para uma nova vida, a ressurreição para uma vida futura.



AVENTAL

 Simbolo do trabalho Maçónico. Os aprendizes e companheiros usam avental branco sem qualquer ornamento. Existem obediências em que os companheiros usam avental branco, bordoado com a côr do rito. Os mestres usam avental branco, bordoado com a côr do rito (azul ou vermelho), com letras/simbolos da mesma côr da banda.



CINZEL

Símbolo da força e da tenacidade, do discernimento, dos conhecimentoa adquiridos e das decisões tomadas. É inseparável do malhete.


COLUNA

Símbolo dos limites do mundo, da vida e da morte, do elemento masculino e do elemento feminino, do activo e do passivo.


COMPASSO

Representa a justiça e a exactidão, símbolo do espírito, do pensamento, do relativo (círculo) dependente do ponto ínicial (absoluto). Os circulos traçados com o compasso representam as lojas.




ESQUADRO

Resultado da união da linha vertical com a linha horizontal, é o simbolo da rectidão e também da acção do Homem sobre a matéria e sobre si mesmo. Simboliza a moralidade.


DELTA

Triângulo equilátero luminoso, frequentemente electrificado, símbolo da força expandindo-se. Presente em vários ritos.


ESTRELA DE CINCO PONTAS

Também chamada de “pentagrama”, é o canon do numero de ouro, ou seja, é o simbolo do Homem Perfeito, da Humanidade pleno entre Pai e Filho, o Homem nos seus cinco aspectos: fisico, emocional, mental, intuitivo e espiritual, o Homem de braços abertos mas sem virilidade porque dominou as suas paixões e emoções. As estrelas representam as lágrimas da veleza da criação. Tem no centro a letra G.


FIO DE PRUMO

 Símbolo da profundidade do conhecimento e da sua rectidão. Significa ainda a elevação do progresso inicial.


LUA 

Como reflexo do Sol, simboliza a vida e a saúde. Simbolo do feminino, da instabilidade, da mudança, da imaginação e da sensibilidade.



MALHETE

Pequeno martelo, emblema da vontade activa, do trabalho e da força material. Instrumento de direcção, poder e autoridade.


TEMPLO

Representa o coração humano. Símbolo da construção maçónica por excelência, da paz profunda para que caminham todos os maçons.


TRES PONTOS

Símbolo com várias interpretações, luz, trevas e tempo, nascimento, vida e morte, sabedoria, força e beleza, liberdade, igualdade e fraternidade.



SOL 

Símbolo da vida, da saúde, do equilibrio, da força.

Estes são apenas alguns símbolos da maçonaria. Ainda existem mais símbolos, que são mais profundos e de significado complexo. 

A FRANCO-MAÇONARIA

O QUE É A MAÇONARIA?



Maçonaria, forma reduzida e usual de francomaçonaria, é uma sociedade discreta e por essa característica, entende-se que se trata de ação reservada e que interessa exclusivamente àqueles que dela participam. De caráter universal, cujos membros cultivam o aclassismohumanidade, os princípios da liberdadedemocraciaigualdadefraternidade e aperfeiçoamento intelectual, sendo assim uma associação iniciática e filosófica. Seu adjetivo é o maçônico & maçônica.
A maçonaria é, portanto, uma sociedade fraternal que admite todo homem livre e de bons costumes, sem distinção de raça,religião, ideário político ou posição social. Suas principais exigências são que o candidato acredite em um princípio criador, tenha boa índole, respeite a família, possua um espírito filantrópico e o firme propósito de tratar sempre de ir em busca da perfeição, aniquilando seus vícios e trabalhando para a constante evolução de suas virtudes.
Os maçons estruturam-se e reúnem-se em células autônomas, designadas por oficinas, ateliers ou (como são mais conhecidas e designadas) lojas.
Existem, no mundo, aproximadamente 6 milhões de integrantes espalhados pelos 5 continentes. Destes 3,2 (58%) nos Estados Unidos, 1,2 -(22%) - no Reino Unido e 1,0 (20%) no resto do mundo. No Brasil são aproximadamente 150 mil maçons regulares (2,7 %) e 4 700 Lojas.

A HISTORIA DA MAÇONARIA
A historia da Maçonaria é muito extensa e se confunde com alguns fatos históricos, desde o templo de Salomão até a descoberta do Brasil. Farei um breve resumo para ser um artigo interessante de ser lido.

A Ordem dos Maçons Livres e Aceitos é uma sociedade secreta, mas aberta a homens de todas as religiões – só não são aceitos ateus e mulheres. “Para fazer parte dela o indivíduo deve crer em Deus e ter uma conduta ética e honesta. Não pode contar o que ocorre nas reuniões e nem se identificar como maçom para as outras pessoas”, afirma o teólogo Inocêncio de Jesus Viegas, assessor do Grande Oriente Brasileiro, uma das maiores associações maçônicas do país. O nome vem do francês maçon, que quer dizer pedreiro. A organização surgiu na Idade Média, época de grandes construções em pedra – como castelos e catedrais –, a partir de uma espécie de embrião dos sindicatos: as chamadas corporações de ofício. Nelas se reuniam os trabalhadores medievais – como alfaiates, sapateiros e ferreiros, que guardavam suas técnicas a sete chaves. “Os pedreiros, em especial, viajavam muito a trabalho. Por isso tinham uma certa liberdade, ao contrário dos servos, que deviam satisfação ao senhor feudal caso quisessem deixar suas terras”, afirma Eduardo Basto de Albuquerque, professor de história das religiões da Unesp. Daí vem o nome original “maçonaria livre”, ou freemasonry em inglês. Após o final da Idade Média, a maçonaria passou a admitir outros membros, além de pedreiros. Transformou-se, assim, em uma fraternidade dedicada à liberdade de pensamento e expressão, religiosa ou política, e contra qualquer tipo de absolutismo.

Na Idade Média o ofício de pedreiro era uma condição cobiçada para classe do povo. Sendo esta a única guilda que tinha o direito de ir e vir. E para não perder suas regalias o segredo deveria ser guardado com bastante zelo
Sob minha ótica, a maçonaria não é necessariamente uma sociedade secreta, é mais uma fraternidade discreta, que como qualquer instituição tem seus segredos. Muitas pessoas são levadas a acreditar que maçonaria, tem ligação estreita com satanismo, um mito criado pela igreja católica ainda na idade média, por terem seus segredos revelados apenas aos mais graduados dentro da fraternidade, a igreja sempre temente de golpe para derrubar seu império, condenava os maçons como praticantes de rituais satânicos.
No próximo artigo será publicado os símbolos maçônicos e seus significados.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

A IGNORÂNCIA CRISTÃ

Este artigo não terá nenhum principio de conhecimento ou de curiosidades, mas será de um pensamento particular. 
Nesta data (23/04/2015), enquanto passeava pelo facebook, deparei com uma matéria que atraiu minha atenção. Era uma imagem vandalizada de uma santa. 

No titulo da materia, dizia que um grupo de evangélicos, havia quebrado, urinado e ateado fogo na imagem. Não vejo necessidade de citar o nome da capela e tao pouco o local onde ocorrera, até por que esse artigo não tem cunho jornalistico. 
Até onde vai a ignorância humana? Uma pergunta que não se tem resposta. A religião protestante, tem sérios problemas de superioridade espiritual. São convencidos de que só quem é evangélico, que ganhará o reino dos céus, como se eles não cometessem pecados. Eu tive o prazer e ao mesmo tempo o desprazer de conhecer a religião protestante. É incrível a inclinação para o pecado que aqueles que deveriam orientar possuem, por essa e outras razoes resolvi abandonar o segmento. Assim como qualquer instituição, religião também tem suas rivalidades, o que não é novidade pra ninguém, mas as vezes essa rivalidade interreligiosa ultrapassa alguns limites, e esse é o caso. O grande mal de qualquer crença, é sem duvidas o fanatismo, pessoas que se denominam filhos de Deus, enquanto que as demais pessoas que não partilham do mesmo preceito religioso, são denominadas "criaturas", um termo quase que pejorativo. 
Jesus Cristo, um homem extraordinário que nos deixou um vasto conhecimento e demonstração de amor pelo próximo, enxergou irmãos, sem fazer desdém. Porque esses cretinos metidos a besta, aderem a essa postura? Estão na contra mão do ensinamento de Deus. O pior é que a maioria dessas pessoas, são convertidas em algum momento da vida, poucos são os nascidos em berço evangélico. Os convertidos geralmente, esperam acontecer algo muito grave em decorrência de algum ato cometido por ele. Depois de convertidos e acharem que conhecem a palavra de Deus, se sentem superiores aos demais. É muito fácil, ser pecador desenfreado a vida toda e depois virar evangélico, colocar uma biblia debaixo do braço e sair pregando a palavra de Deus. Acontece, que muitos desses evangélicos, se encondem atrás da religião. 
Sou apreciador dos ensinamentos da igreja evangélica, mas quanto mais eu a conheço, mais distante quero ficar. É lamentável. 
Não estou generalizando e tão pouco defendendo crenças, não faz meu perfil, apenas aprecio o bom respeito ao próximo. 
Pra vocês que possuem esse tipo de comportamento, eu tenho uma novidade pra vocês, somos todos iguais e iremos para o mesmo buraco. Se existe alma, sou convicto de que Deus não permitirá de que nenhuma se perca. Deus não é nenhum tirano, justiceiro e nem negligente. Deus é amor, não deixará ninguém para trás. 
Desculpem minhas palavras, não tenho o intuito de ofender quaisquer crença. Mas pensem que religião não se cria sozinha, somos nós quem a criamos e a determinamos. 
O espaço está concedido à quem quiser se expressar, terei o imenso prazer em debater o assunto.
Obrigado! Por nada. 

segunda-feira, 20 de abril de 2015

JESUS CRISTO E SUA DESCENDÊNCIA

JESUS CRISTO E O SAGRADO MATRIMONIO 

Santa Sara



Contam as antigas lendas francesas relacionadas com a descendência de Jesus Cristo e Maria Madalena que durante a perseguição aos cristãos primitivos ocorrida nos anos seguintes à crucificação, alguns de seus discípulos e pessoas próximas fugiram da Judeia em um barco e chegaram à costa sul da Gália, atual França.
Na embarcação usada para a fuga pelo mar Mediterrâneo estavam os irmãos Lázaro, Maria Madalena e Marta, juntamente com a mãe dos apóstolos João e Tiago, chamada Maria Salomé, acompanhados ainda por Maria de Cleofas, a tia de Jesus, e Maximin d’Aix, um de seus setenta e dois discípulos e famoso evangelizador da região de Aix-en-Provence.
Além de todos eles, participava desta jornada uma jovem de pele morena, supostamente vinda do Alto Egito para servir à tia de Jesus como aia.
Seu nome era Sara, a jovem que atualmente vem sendo identificada na literatura sobre a descendência familiar de Jesus Cristo como sua filha com Maria Madalena.
Esta tradição ressurgiu com força na década de 1980, graças à obra O Santo Graal e a Linhagem Sagrada, dos escritores Michael Baigent, Richard Leigh e Henry Lincoln.
Nos últimos anos, as teorias sobre os frutos da união matrimonial celebrada entre Jesus e sua principal discípula vêm ganhando cada vez mais força no imaginário popular graças à publicação de novos romances históricos baseados nas ideias que acabaram sendo popularizadas pelo escritor Dan Brown.
Alguns autores mais recentes que aproveitam o sucesso do bestseller O Código Da Vinci e a ideia que identifica o Santo Graal com o Sangue Real dos herdeiros do Salvador e sua esposa redimida sugerem que Santa Sara, a menina egípcia que acompanhou os familiares e discípulos de Jesus Cristo na embarcação rumo às terras francesas, era na verdade a filha do divino casal da Galileia.
Este é o caso do livro The Woman with the Alabaster Jar: Mary Magdalen and the Holy Grail (A Mulher com o Vaso de Alabastro: Maria Madalena e o Santo Graal), escrito por Margaret Starbird e publicado em 1993, contendo a ideia de que Santa Sara é a filha de Jesus e Madalena, e que este fato seria a autêntica fonte da lenda associada com a mística de Saintes-Maries-de-la-Mer.
Como já mencionamos acima, a tradição local afirma que a cidade de Saintes-Maries-de-la-Mer foi o porto onde os familiares e discípulos de Jesus desembarcaram de sua fuga pelo Mediterrâneo. No barco estavam três santas, Maria Madalena, Maria Salomé e Maria de Cleofas, as chamadas Três Marias, as quais são as mesmas três mulheres que primeiro testemunharam a tumba vazia de Jesus, e cujas relíquias são o foco de devoção de peregrinos.
Assim que Jesus foi crucificado, as Três Marias e sua comitiva teriam partido da cidade egípcia de Alexandria acompanhadas de seu tio, José de Arimateia. As lendas francesas sustentam que a embarcação chegou ao território que hoje corresponde ao sul da França, onde havia uma fortaleza chamada Oppidum-Ra. O local passou logo a ser conhecido como Notre-Dame-de-Ratis, pois Ra se tornou Ratis (que em latim significa algo como “navegar”), para mais tarde tornar-se Notre-Dame-de-la-Mer, e no século XIX, Saintes-Maries-de-la-Mer.
Margaret Starbird afirma que o nome Sara significa “princesa” em hebraico, um forte indicativo de que ela seria a descendente esquecida do “sang réal”, o sangue real do Rei dos Judeus. O esquecimento de Sara teria sido consequência da supressão que o Catolicismo Romano realizou sobre a veneração e a devoção ao Sagrado Feminino, resultando num desequilíbrio espiritual da doutrina cristã.
Para a autora, o Cristianismo Primitivo incluía a celebração do chamado Hierosgamos, que significa união dos opostos, uma espécie de Sacramento da Câmara Nupcial tal como a concebiam os antigos gnósticos, muitos deles contemporâneos e até mesmo identificados com os primeiros cristãos. Esta celebração oferecia um modelo arquetípico do noivo (Jesus Cristo) e da noiva (Maria Madalena), ensinando a metafísica da união do Espírito Puro com a Alma Arrependida, e a ciência da união sexual entre homem e mulher. Este último corresponde à mescla inteligente do erótico com o sagrado, um ato verdadeiramente religioso capaz de converter seus adeptos em deuses, ou seja, de levá-los à união com a Divindade para conhecer seus Mistérios.
Este modelo de unidade conciliadora da dualidade acabou sendo perdido logo nos primeiros séculos do Cristianismo, uma verdadeira tragédia espiritual que acabou excluindo as lideranças femininas, o que era muito comum no tempo dos primeiros discípulos de Jesus. A autora insiste que tal parceria sagrada é universal e apenas reflete aquela existente em outras regiões do planeta, em contextos religiosos muito anteriores ao daquele em que se formou a religião do Cristo.
Nos dias atuais, para o bem da retomada do equilíbrio de gêneros na religiosidade cristã e a revisão da importância da sexualidade para uma espiritualidade autêntica e conciliadora do humano com o divino, Santa Sara converteu-se em um instrumento de oposição aos velhos padrões autoritários e de rigidez hierárquica, onde o masculino impera à força e às cegas sobre o feminino por puro medo de perder seu poder e de ser tragado pela sensualidade que secretamente deseja.
Essa é uma das questões mais intrigante de toda a historia da humanidade, que causaria um impacto sem precedentes dentro das religiões se comprovada de fato. Ao meu ver, seria de uma grandeza saber que Jesus Cristo partilhou do santo matrimonio. Isso nos ensinaria não somente o amor entre as pessoas como por nossos cônjuges e filhos. Não que não haja, mas seria um peso a mais na balança da familia. E mesmo que for verdade, isso não altera a suma importancia dos valores ensinados por Cristo.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

OS ANJOS

Anjos

Anjo (do latim angelus e do grego ángelos, (mensageiro), segundo a tradição judaico-cristã, a mais divulgada no ocidente, conforme relatos bíblicos, são criaturas espirituais, conservos de Deus como os homens, que servem como ajudantes ou mensageiros de Deus. Na iconografia comum, os anjos geralmente têm asas de ave, uma auréola e tem uma beleza delicada, emanando forte brilho. Por vezes são representados como uma criança, por sua inocência e virtude. Os relatos bíblicos e a hagiografia cristã contam que os anjos muitas vezes foram autores de fenômenos milagrosos e a crença corrente nesta tradição é que uma de suas missões é ajudar a humanidade em seu processo de aproximação a Deus.
Os anjos são ainda figuras importantes em muitas outras tradições religiosas do passado e do presente e o nome de "anjo" é dado amiúde indistintamente a todas as classes de seres celestes. Os muçulmanoszoroastrianos, espíritas,  hindus e budistas, todos aceitam como fato sua existência, dando-lhes variados nomes, mas às vezes são descritos como tendo características e funções bem diferentes daquelas apontadas pela tradição judaico-cristã, esta mesma apresentando contradições e inconsistências de acordo com os vários autores que se ocuparam deste tema.
Além disso a cultura popular em vários países do mundo deu origem a um copioso folclore sobre os anjos, que muitas vezes se afasta bastante da descrição mantida pelos credos institucionalizados dessas regiões.
OS ANJOS E O CRISTIANISMO
Teto do Batistério de São João, em Florença, mostrando as hierarquias angélicas

No cristianismo os anjos foram estudados de acordo com diversos sistemas de classificação em coros ou hierarquias angélicas. A mais influente de tais classificações foi estabelecida pelo Pseudo-Dionísio, o Areopagita entre os séculos IV e V, em seu livro De Coelesti Hierarchia.
A fonte primária ao estudo dos anjos são as citações bíblicas, como quando três anjos apareceram, embora existam apenas sugestões ambíguas para a construção de um sistema como se ele se tivesse desenvolvido em tempos posteriores. Isaías fala de serafins (outro anjo acompanhou Tobias; a Virgem Maria recebeu uma visita angélica na Anunciação do futuro nascimento de Cristo e o próprio Jesus fala deles em vários momentos, como quando sofreu a Tentação no deserto e na cena do Horto das Oliveiras, quando um anjo lhe fortaleceu antes da Paixão.
São Paulo faz alusão a cinco ordens de anjos em Efésios 1:21. Depois foi Dionísio, o Areopagita, um dos primeiros a propor um sistema organizado do estudo dos anjos e seus escritos tiveram muita influência, mas foi precedido por outros escritores, como São Clemente, Santo Ambrósio e São Jerônimo. Na Idade Média surgiram muitos outros esquemas, alguns baseados no de Dionísio, outros independentes, sugerindo uma hierarquia bastante diferente. Alguns autores acreditavam que apenas os anjos de classes inferiores interferiam nos assuntos humanos.

A HIERARQUIA ANGELICAL
Nós usamos o método de hierarquia para desempenhar diversas funções dentro de uma sociedade e hambientes. Se não tiver um sistema de hierarquia, nada funciona. Seja no trabalho, no lar, na sociedade temos que ter uma liderança e seus subordinados. E com os anjos não seria diferente. 
São setenta e dois anjos guardiões divididos em nove hierarquias com um príncipe em cada sistema hierárquico.
 
SERAFINS
Príncipe Metatron (Metatron significa Rei dos Anjos em hebraico) - São descritos com seis asas e envolto por chamas de fogo, têm poderes de purificação e iluminação, difundem o princípio da vida universal e manifestam a glória de Deus. São os anjos cuja categoria mais se aproxima de Deus.

QUERUBINS
 Príncipe Raziel - (Raziel é o o principe da originalidade e dos mistérios. Segundo a tradição judaica, Adão teve problemas de saúde; Raziel entregou um livro contendo todos os ensinamentos sobre as ervas que poderiam salvar a humanidade. Por este motivo, as grandes descobertas da medicina foram atribuídas a Raziel) - Os Querubins Trazem penas de pavão cheias de olhos, simbolizando a onisciência divina. Eles zelam pela ordenação do caos universal, pela sabedoria, e nos ofertam o conhecimento e as idéias. Os Querubins também ensinam que rir é o melhor remédio. 

TRONOS
Príncipe Tzaphkiel (a morada de Tzaphkiel chama-se harmonia; sentimos sua presença quando ouvimos música ou experimentamos sentimentos de serenidade) - Identificados por uma roda de fogo, cuidam do trono de Deus e apresentam o sentido de união ao homem. Proclamam a grandeza divina e inspiram os homens à arte, à poesia e à música. Tem como função promover a paz e a união entre os homens. Zelam pelo Trono de Deus. 

DOMINAÇÕES
Príncipe Tsadkiel (Tsadkiel cumpre a vontade de Deus através de seu pder e influência sobre a humanidade) - Almejam a verdadeira soberania e têm no cetro e na espada seus símbolos do poder divino sobre a criação. Afloram no homem a força para subjugar o inimigo interior. Auxiliam as questões ou conflitos que necessitam de solução imediata. despertam no homem a força para dominar a si mesmo. São os Governadores do Universo.

POTÊNCIAS
Príncipe Camael - São representados com espadas flamejantes. Responsabilizam-se pela ordem e protegem a humanidade dos inimigos exteriores. Zelam pelos elementos água, terra, fogo e ar. Favorecem a perpetuação de todas as espécies que existem na Natureza. Conferem proteção contra o desequelíbrio do meio-ambiente. Sua energia é mais intensa próxima à floresta, aos rios e aos lagos.

VIRTUDES
Príncipe Haniel (Haniel é conhecido como Chefe dos Cupidos; ele promove o encontro entre as almas gêmeas)- prodígios e os milagres da cura. Expressam a vontade de Deus e zelam pelo reino mineral, oferecendo discernimento ao homem. Eles transmitem aquilo que deve ser feito pelos outros Anjos, mas sobretudo, auxiliam no sentido de que as coisas sejam realizadas de modo perfeito. Assim, eles também têm a missão de remover os obstáculos que querem interferir no perfeito cumprimento das ordens do CRIADOR. São considerados Anjos fortes e viris. Quem sofre de fraquezas físicas ou espirituais, deve invocar por meio de orações.

PRINCIPADOS
Príncipe Raphael (Raphael é um dos sete Anjos que estão sempre presentes e tem acesso junto à Glória do SENHOR) - Responsáveis pelos reinos, estados e países, preservam também a fauna e a flora, os cristais e as riquezas da terra. Portam cetros e cruzes e vigiam as lideranças, pois atribuem ao homem a submissão. No livro de Daniel são também apresentados como protetores de povos: (Dn 10,13). Significa dizer, que são aqueles Anjos que levam as instruções e os avisos Divinos, ao conhecimento dos povos que lhe são confiados. 

ANCANJOS
Príncipe Mikael (Seu nome é invocado para dar força, energia, coragem e proteçãoe também ajudar nos assuntos financeiros. E quando o invocamos, ele nos defende, com o grande poder que Deus lhe concedeu, e nos protege contra os perigos, as forças do mal e os inimigos) - Responsáveis pelas transmissões de mensagens importantes e pela defesa dos países, pais ou da família. Também conhecidos como espíritos planetários lideram os anjos e são responsáveis pelo reino animal. Proporcionam dinamismo e vitória.

ANJOS
Príncipe Gabriel (Gabriel e seus anjos são os mensageiros das boas notícias, nos ajudam a dar bom rumo e direção à nossa vida, nos dão compreensão e sabedoria) - São seres de luz que zelam pela gênese do homem e seu desenvolvimento espiritual, sem ocuparem postos ou desempenharem atribuições especiais nas fileiras do exército celestial. Cuidam da segurança e intui a pessoa que estão sob sua guarda desde quado elas nascem.
Para quem gosta de historia extraordinárias, como a de anjos por exemplo, recomendo um livro muito bom, escrito por Eduardo Sphor, um brilhante escritor brasileiro.


sábado, 11 de abril de 2015

ALLAN KARDEC

ANOTAÇÕES INICIAIS 




Segundo seguidores e simpatizantes da Doutrina Espírita, os fenômenos mediúnicos seriam universais e teriam sempre existido, inclusive com fartos relatos na Bíblia. Entre outros, os espíritas citam como exemplos mediúnicos bíblicos a proibição de Moisés à prática da "consulta aos mortos", que seria uma evidência da crença judaica nessa possibilidade, já que não se interdita algo irrealizável, a consulta de Saul, primeiro rei do antigo Reino de Israel, à Bruxa de Endor, em I Samuel 28:1-25, que vê e ouve o Espírito desencarnado de Samuel, o último dos juízes de Israel e o primeiro dos profetasregistrados na história do seu povo; a comunicação de Jesus com Moisés e Elias no Monte Tabor na Transfiguração de Jesus (Mateus 17:1-9).
Na filosofia antiga também há exemplos: nos Diálogos de Platão, este fala sobre o daimon ou gênio que acompanharia Sócrates.
Muitos espíritas adotam a data de 31 de março de 1848 (início dos acontecimentos mediúnicos na residência das Irmãs Fox em Hydesville, EUA) como o marco inicial das modernas manifestações mediúnicas, alegadamente mais ostensivas e frequentes do que jamais ocorrera, o que levou muitos pesquisadores a se debruçarem sobre tais fenômenos. No entanto, para Sir Arthur Conan Doyle e vários outros espíritas, o marco inicial das modernas manifestações mediúnicas foi na verdade Emanuel Swedenborg, polímata sueco do século XVII. Segundo Conan Doyle, a espiritualidade de Swedenborg marcou o início da era em que fenômeno mediúnico deixou de ter caráter esporádico, para transformar-se numa espécie de "invasão espiritual organizada" na Terra.

ALLAN KARDEC


Busto de Allan Kardec, o codificador e sistematizador da Doutrina Espírita, em seu túmulo no Cemitério Père Lachaise em Paris


Durante o século XIX houve uma grande onda de manifestações mediúnicas nos Estados Unidos e na Europa . Estasmanifestações consistiam principalmente de ruídos estranhos, pancadas em móveis e objetos que se moviam ou flutuavam sem nenhuma causa aparente. No final dos anos1840 destacou-se o suposto caso das Irmãs Fox, nos EUA .
Em 1855, o professor Denizard Rivail, que depois adotou o pseudônimo de Allan Kardec, pretendia investigar o fenômeno que muitas pessoas afirmavam ter experimentado na época, das mesas girantes ou dança das mesas, em que mesas e objetos em geral pareciam animar-se com uma estranha vitalidade. Apesar de iniciais afirmações bastante duvidosas em relação ao fenômeno "Eu crerei quando vir e quando conseguirem provar-me que uma mesa dispõe de cérebro e nervos, e que pode se tornar sonâmbula; até que isso se dê, deem-me a permissão de não enxergar nisso mais que um conto para dormir em pé", assegura-se que após dois anos de pesquisas, não tinha constatado um motivo para englobar todos os acontecimentos dessa ordem no âmbito das falácias e/ou charlatanices. Pessoalmente convencido não só da realidade do fenômeno, que considerou essencialmente real apesar das mistificações existentes, mas também acreditando que eles eram realmente causados por influência de espíritos, Rivail, passou a promover novos métodos de estudo para a identificação deste e outros fenômenos do tipo mas sagrou-se principalmente a divulgar suas concepções sobre consequências ético-morais a eles relacionadas.
Quanto à sua formação, foi discípulo dePestalozzi (discípulo por sua vez deRousseau) e membro de diversas sociedades acadêmicas. O seu principal intuito como espírita era dar algum suporte à espiritualidade humana numa época em que a ciência avançava a passos largos e as religiões perdiam cada vez mais adeptos. Kardec julgava ter encontrado um novo modo de pensar o real, que uniria, de forma ponderada, a ascendente ciência e a decadente religião. Analisou relatos de inúmeras ocorrências mediúnicas espalhadas pela Europa e Estados Unidos, unificando as informações que interpretou a fim de codificar esse tipo de prática e os ensinamentos transmitidos. Assim, Kardec defendia que fazia uso do empirismo científico para investigar os fenômenos, da racionalidade filosófica para dialogar com o que presumiu serem espíritos e analisar suas proposições, e buscou extrair desses diálogos consequências ético-morais úteis para o ser humano. Surgia aí, mais precisamente em 18 de abril de 1857, a doutrina espírita, sistematizada na primeira edição de O Livro dos Espíritos.
Nos Estados Unidos, desde os primórdios de seu aparecimento, o Espiritismo tem sido mais comumente denominado "Moderno Espiritualismo", em face da introdução de um caráter científico-filosófico-religioso novo nas ideias já existentes do espiritualismo. Nos países de língua inglesa, assim como boa parte da europa, o espiritismo ainda é considerado, primordialmente, uma ciência de observação dos fenômenos espiritualistas (uma espécie de "espiritualismo científico ou experimental") e, muito menos, como umareligião. O Espiritualismo norte-americano e inglês evoluiu de forma bem diferente do que é conhecido como Espiritismo ou Doutrina Espírita, conforme codificado por Allan Kardec.
Segundo os biógrafos, Allan Kardec foi convidado por Fortier, um amigo estudioso das teorias de Mesmer, a verificar, observar e analisar o fenômeno chamado de "mesas girantes, um tipo de sessão espírita popular no século XIX. As primeiras manifestações de mesas girantes observadas por ele aconteceram por meio de mesas se levantando e batendo, com um dos pés, um número determinado de pancadas e respondendo, desse modo, sim ou não, segundo fora convencionado, a uma questão proposta.
Kardec, analisando esses fenômenos, concluiu que não havia nada de convincente neste método para os céticos, porque se podia acreditar num efeito da eletricidade, cujas propriedades eram pouco conhecidas pela ciência de então. Foram então utilizados métodos para se obter respostas mais desenvolvidas por meio das letras do alfabeto: a mesa batendo um número de vezes corresponderia ao número de ordem de cada letra, chegando, assim, a formular palavras e frases respondendo às perguntas propostas. Kardec concluiu que a precisão das respostas e sua correlação com a pergunta não poderiam ser atribuídas ao acaso.[49] O ser misterioso que assim respondia, quando interrogado sobre sua natureza, declarou que era um espírito ougênio, deu o seu nome e forneceu diversas informações a seu respeito.
Em seguida, o fenômeno começa a diminuir e, se segundo alguns, a tornar-se anedótico.
No entanto, resultados de estudos feitos porMichael Faraday mostraram que os movimentos das mesas eram causados pelo efeito ideomotor e descartaram as explicações paranormais do fenômeno. O mesmo explica o que ocorre com o tabuleiro ouija, onde os participantes movimentam os marcadores de maneira involuntária e acabam por atribuir isso a fenômenos "sobrenaturais".
Diante de experiências com as mesas girantes Victor Hugo se tornou espírita e em 1867 clamou que a ciência deveria dar atenção e seriedade para os fenômenos das mesas: "A mesa girante ou falante foi bastante ridicularizada. Falemos claro. Esta zombaria é injustificável. Substituir o exame pelo menosprezo é cômodo, mas pouco científico. Acreditamos que o dever elementar da Ciência é verificar todos os fenômenos, pois a Ciência, se os ignora, não tem o direito de rir deles. Um sábio que ri do possível está bem perto de ser um idiota. Sejamos reverentes diante do possível, cujo limite ninguém conhece, fiquemos atentos e sérios na presença do extra-humano, de onde viemos e para onde caminhamos".