terça-feira, 31 de março de 2015

EXISTEM ALIENIGENAS?

     
 

     Uma das perguntas que não tem uma resposta exata, apenas especulações. Existe vida fora do planeta Terra? Se dependesse de Hollywood, seriamos escravos de raça extraterrestre, religiosos são muitas vezes céticos quanto ao assunto. A ciência não conseguiu provar qualquer evidencia de vida em outro planeta. Existem teorias, em que, num passado remoto Marte abrigou vidas, por ter sido encontrado gelo em um dos pólos do planeta, mas que toda sua vida fora extinta da noite para o dia. Teorias indicam uma catástrofe ocorrida num passado remoto em nosso vizinho, e Marte não possui 100% de sua massa total. A teoria diz que, um grande cometa teria atingido o planeta vermelho e jogado boa parte de sua crosta no espaço, evaporando parte de sua agua. Com o resfriamento do planeta, a agua se estaguinou nos pólos e congelou. Mas os esforços de encontrar vida em outros planetas não cessaram, e cada vez mais os cientistas se aprofundam no cosmos em busca de qualquer sinal de vida extraterrestre. 
     Particularmente, acredito sim na existência de vida em outras partes do universo. Seria muito egoismo pensar que somos únicos num universo tao vasto. 
     Existem relatos e imagens de pessoas que afirmam terem visto OVNIS. Alguns desses avistamentos são relatados por pessoas de credibilidade, como por exemplo pilotos oficiais de forças aéreas em todo o mundo. São pessoas treinadas a reconhecer qualquer aeronave terrestre, e nesses relatos, são descritos "coisas" voando de forma irregular, sem padrão e fazendo manobras em altas velocidades. O primeiro avistamento documentado de OVNIs, ocorreu no ano de 1947, segundo informações, fora avistado um objeto de forma de disco, voando a grandes velocidades, por um piloto da força aérea americana. Surgiu então o termo "disco voador".
     Com as expedições ao espaço a partir de 1960 pela NASA, foram registrados centenas de aparições de objetos próximos aos astronautas, nas naves e até na estação espacial internacional. A partir de 1969, a NASA lançou diversos foguetes tripulados para a lua. As câmeras das naves captaram atividades supostamente de aeronaves alienígenas. São objetos brancos, ovalados e voando a altas velocidades. Em nota oficial a NASA sempre negou a existência de tal informação, de que o que surgia nas imagens eram destroços das próprias naves que se desprendiam. Outras afirmações eram dadas, como lixo espacial e até mesmo ferramentas perdidas por astronautas. 
     Fato é, de que alem da Terra, não existe vida em outro lugar no sistema solar. Mas se somos visitados por alienígenas, onde eles se escondem? Por que não fazem contato? Qual o interesse desses seres em nós? Perguntas que levantam muitas hipóteses, e que acaba por gerar muitas teorias em mentes "brilhantes". 
     A estrela mais próxima de nós é a Alpha Centauri, que fica localizada no sistema estelar binário, que é composta por três estrelas classificadas como A, B e C, sendo de ordem decrescente em sua respectiva ordem. E também possui um exoplaneta que orbita a estrela Alpha Centauri B. Esse exoplaneta não tem quaisquer condições para se abrigar vidas, por suas condições extremas, devido a proximidade com sua estrela. Esse sistema binário está localizado em nossa galaxia com uma distancia de 4,6 anos luz de nós. Se existisse vida inteligente nesse sistema estelar, para se ter uma ideia da dimensão, veja o tempo que levariamos a uma viajem de ida a esse sistema estelar. Viajando a 10% da velocidade da luz chegaríamos em 44 anos. Viajando a 99,9% a velocidade da luz chegaríamos em pouco mais do que 4 anos e meio. Com nossa tecnologia atual, levariamos 80 mil anos para chegar a estrela Alpha Centauri. 
     Hipoteticamente se existir vida em Alpha Centauri, sem duvidas teriam conhecimento de tecnologia e engenharia muito mais avançadas, para chegar até nos com incríveis velocidades e passarem por nossos satélites sem serem notados. 
     Mas ainda existe outros mistérios que circundam nosso passado. Teriam os humanos interagidos com raças superiores num passado remoto? Evidências dessa interação interplanetária estão espalhados pelo mundo, em locais onde um dia foi lar de varias civilizações, como os Incas, os Maias, egípcios e etc. Sem duvidas as piramides são construções que mais retem mistérios e segredos. Nenhum engenheiro sabe como construir uma piramide da mesma forma como as que existem. Teoricamente, teriam que começar do topo para baixo, mas fisicamente isso é impossível. As pedras utilizadas nas construções das pirâmides de Gizé foram carregadas a grandes distâncias ate o local onde foram utilizadas, e cada pedra pesando toneladas. E mais impressionantes ainda, são os recortes e desenhos entalhados nas pedras, com uma precisão incrível, sendo impossível com ferramentas a base de pedras. Especialistas afirmam que os recortes e desenhos foram feitos por algum tipo de ferramente de corte de precisão, e pior, de corte a calor ou seja, a laser. As semelhanças entre as 1500 piramides espalhadas pelo globo. As bases e estruturas são idênticas, como se todas fossem construídas pelo mesmo engenheiro. 
     Traçadas linhas sobre essas construções, são formados hexagonos perfeitamente alinhados. Teóricos dizem que esses pontos interligados formam campos de energia. Sem contar com as construções megalíticas, como as esfinges no Egito e as pedras de Stonehenge na Inglaterra. 
     A astrologia foi aperfeiçoada no inicio do seculo XVII, com o aprimoramento de telescópio por Galileu. O mistério mais assombroso circunda as grandes pirâmides de Gizé no Egito, é a formação das três piramides. A primeira vista, uma das pirâmides está fora de alinhamento com as outras duas. Mas basta olhar para para o céu noturno e a verdade se revela, as três piramides estão alinhadas com as três estrelas do cinturão de Orion. 

Vista do espaço, as ruas que ligam as piramides à cidelas próximas lembram um circuito de computador.

O alinhamento perfeito com as estrelas de Orion.




     Apesar do conhecimento astrológico ser mais antigo do que a ciência natural, ainda assim seria preciso um conhecimento muito avançado para saber exatamente a posição das estrelas em relação ao solo terrestre. Coincidência? Eu acho pouco provável. 
     Os hierógrafos retratam uma historia onde deuses vieram dos céus montados em criaturas de estrutura rígida. Uma sugestão para alienígenas voando em naves espaciais. Apesar de todos os esforços de arqueólogos, nenhuma evidencia física, sejam fosseis ou ate mesmo fragmentos dessas ferramentas, jamais foram encontradas.
     Existem muitos mistérios envolvendo civilizações do passado e na atualidade. Não sei bem se acredito nessa questão. Consigo compreender a interação de alienígenas no passado com os seres humanos, mas que eles ainda nos visitam, sou meio cético quanto a isso.

quinta-feira, 19 de março de 2015

CIÊNCIA vs RELIGIÃO

     Um assunto que para os dias atuais, gera uma atmosfera densa sobre as duas esferas. Mas será que existe essa rivalidade?
     Evidentemente não sou cientista e tão pouco religioso como já havia dito, acredito em Deus porem não frequento nenhuma instituição religiosa...
     Desde que comecei a entender as obscuridades do mundo, passei a não acreditar em tudo o que eu ouvia, inevitavelmente passei a procurar por respostas, por explicações mais fáceis de aceitar e compreender. Como por exemplo, acredito no evolucionismo. É difícil pra eu aceitar de que Deus foi alocando cada coisa em seu lugar, da mesma forma como se arruma uma decoração de uma casa. Sei e acredito firmemente que Deus é infinito, ilimitado, o principio e o fim. Acredito sim, que Deus tenha criado tudo, mas de uma forma indireta, a partir de um evento as coisas iriam se ajeitar da maneira mais perfeita. Foge da minha logica, de que um ser humano fora criado a partir da poeira da terra, não é questão de duvidar de Deus, apenas não consigo aceitar essa manifestação de poder. Por ser ignorante, jamais entenderia o poder de Deus, por isso os meios de encontrar logica. Se analisarmos desde o momento da criação do universo a 14 bilhões de anos atrás, todo o evento ocorreu da forma perfeita para que nosso planeta prosperasse em vidas. Eu vejo a ciência e a religião como um complemento uma da outra. 
     Claro que existem algumas teorias cientificas que são absurdas. Um exemplo é a viajem no tempo, apesar de ser possível assim como prova a teoria geral de Albert Einstein, mas não é literalmente voltar ou ir para o futuro, a teoria fala apenas de adiar o tempo enquanto se locomove a velocidade da luz. Buracos de minhoca uma teoria que chega a ser bizarra. Mas tem tem a teoria das cordas, que se comprovadas a existencias das diversas dimensões, explicaria muitos acontecimentos sobrenaturais. 
      O conflito surgiu mais acirradamente no século XIX, com pensadores materialistas e principalmente com Darwin, com sua Origem das Espécies, as pesquisas históricas mostram que isso é falso", vemos que essa "separação" aparente não existe na realidade. O que existe às vezes são preconcepções e pontos de vista de alguns cientistas aversos à religião.
    O "conflito" entre a ciência e religião, é antigo. Enquanto esta pregava que o Universo tinha origens explicáveis à luz da teologia, a outra buscava explicações "racionais" para a existência de tudo. Desde Aristóteles, a metafísica mostrou novas formas de vermos Deus. Assim como a religião é antiga, o ateísmo também o é, podendo ser visto até na Grécia Antiga. O ateísmo, na sua ânsia de negar a Deus em tudo, procurou extirpar a idéia de Deus da ciência. Enquanto os "religiosos" diziam que o Universo teve uma origem divina, os "racionalistas" procuravam retirar a hipótese de Deus da natureza. Essa é a diferença entre a religião e a ciência.    Se pressupormos que a ciência explica tudo, e que ela tem as repostas para todas as questões naturais, vamos entrar num terreno perigoso chamado naturalismo, que pretende explicar tudo à base do que vê e pode ser provado em laboratório. Cesar Prattes, o grande cientista brasileiro, disse: "o cientista nunca pode ser ateu". A arrogância da ciência parecia com a atitude de Napoleão, ao se auto coroar imperador. Ela não permitia adversários. Alguns cientistas chegaram a dizem que a ciência havia se tornado "uma deusa". Daí se pode ver a atitude de alguns de seus ardorosos preponentes. Pensava-se que a ciência explicava tudo, mas...
    A religião, por seu turno, estava preocupada com assuntos teológicos. Debates e temas filosóficos eram os assuntos das faculdades. Ao passar por esse embate, ela teve de se armar com uma defesa imediata. Como defender a presença da religião com o recém surgido debate? Os oponentes da religião se gabavam em citar casos clássicos como os de Copérnico e o processo de Galileu. Mas não diziam tudo. Mostravam só um lado da moeda.  A Igreja teve que mostrar que não foi bem assim. Pode ter sido verdade que alguns sacerdotes eram contra a idéia de Galileu, insistindo que o Sol era que girava em torno da Terra. Mas a Bíblia e alguns sacerdotes não aceitavam isso. Não era a Igreja toda que estava envolvida. Alguns, crendo no teocentrismo, acreditavam nessa idéia. Mas os grandes cardeais e boa parte da Igreja foram a favor de Galileu. Isso os ateus não dizem. Para eles, a crítica chega ao ponto de cegar a verdade.

    O fato é que, desde o passado, religião e ciência sempre se deram bem. A prova é que a Igreja sempre deu mostra de excelentes membros que eram cientistas. A ciência procurava explicar a realidade e a religião procurava levar o homem a Deus. Esse é o resumo de como as duas agem. Grandes pensadores da Igreja ensinaram que era bom o homem se relacionar com a ciência. Nunca nenhum líder e pensador da Igreja levou os membros a serem contra a ciência. Grandes exemplos do passado são, São Tomás de Aquino, Pedro Lombardo, Anselmo de Canterbury, Guilherme de Occkham e outros. Como a Idade Média podia ser a "Idade das Travas" com mentes como essas? Os historiadores deixam de dizem que a "Idade das Trevas" se chamou assim por causa dos bárbaros que habitavam no Império Romano da época. Sempre a relação da ciência e religião foi amigável, como nos diz Francis Bacon. Com o Iluminismo, procurou-se quebrar essa aliança, mas foi malfadado.
     O fato é, de que talvez nunca saibamos o que acontece no Vaticano e a ciência. Mas fica a pergunta, se a Igreja não era tão contra Galileu por que o manteve preso, julgado por heresia? Mas outra pergunta surge, por que existe no Vaticano documentos do próprio Galileu que retrata exatamente a questão do homem não estar no centro do universo?  Se documentos que são hereges por que não foram destruídos? Heresia na idade media era um crime grave com pena de morte, por que Galileu não morreu queimado, como deveria ser feito à um herege? 
     São perguntas que tem suas respostas muito vagas. Mas, o importante é saber que a igreja não é tão cruel como é desenhada, e a ciência não pode explicar tudo. 

quarta-feira, 11 de março de 2015

QUEM ESCREVEU A BIBLIA?










Em algum lugar do Oriente Médio, por volta do século 10 a.C., uma pessoa decidiu escrever um livro. Pegou uma pena, nanquim e folhas de papiro (uma planta importada do Egito) e começou a contar uma história mágica, diferente de tudo o que já havia sido escrito. Era tão forte, mas tão forte, que virou uma obsessão. Durante os 1 000 anos seguintes, outras pessoas continuariam reescrevendo, rasurando e compilando aquele texto, que viria a se tornar o maior best seller de todos os tempos: a Bíblia. Ela apresentou uma teoria para o surgimento do homem, trouxe os fundamentos do judaísmo e do cristianismo, influenciou o surgimento do islã, mudou a história da arte – sem a Bíblia, não existiriam os afrescos de Michelangelo nem os quadros de Leonardo da Vinci – e nos legou noções básicas da vida moderna, como os direitos humanos e o livre-arbítrio. Mas quem escreveu, afinal, o livro mais importante que a humanidade já viu? Quem eram e o que pensavam essas pessoas? Como criaram o enredo, e quem ditou a voz e o estilo de Deus? O que está na Bíblia deve ser levado ao pé da letra, o que até hoje provoca conflitos armados? A resposta tradicional você já conhece: segundo a tradição judaico-cristã, o autor da Bíblia é o próprio Todo-Poderoso. E ponto final. Mas a verdade é um pouco mais complexa que isso.
A própria Igreja admite que a revelação divina só veio até nós por meio de mãos humanas. A palavra do Senhor é sagrada, mas foi escrita por reles mortais. Como não sobraram vestígios nem evidências concretas da maioria deles, a chave para encontrá-los está na própria Bíblia. Mas ela não é um simples livro: imagine as Escrituras como uma biblioteca inteira, que guarda textos montados pelo tempo, pela história e pela fé. Aliás, o termo “Bíblia”, que usamos no singular, vem do plural grego ta biblia ta hagia – “os livros sagrados”. A tradição religiosa sempre sustentou que cada livro bíblico foi escrito por um autor claramente identificável. Os 5 primeiros livros do Antigo Testamento (que no judaísmo se chamam Torá e no catolicismo Pentateuco) teriam sido escritos pelo profeta Moisés por volta de 1200 a.C. Os Salmos seriam obra do rei Davi, o autor de Juízes seria o profeta Samuel, e assim por diante. Hoje, a maioria dos estudiosos acredita que os livros sagrados foram um trabalho coletivo. E há uma boa explicação para isso.
As histórias da Bíblia derivam de lendas surgidas na chamada Terra de Canaã, que hoje corresponde a Líbano, Palestina, Israel e pedaços da Jordânia, do Egito e da Síria. Durante séculos acreditou-se que Canaã fora dominada pelos hebreus. Mas descobertas recentes da arqueologia revelam que, na maior parte do tempo, Canaã não foi um Estado, mas uma terra sem fronteiras habitada por diversos povos – os hebreus eram apenas uma entre muitas tribos que andavam por ali. Por isso, sua cultura e seus escritos foram fortemente influenciadas por vizinhos como os cananeus, que viviam ali desde o ano 5000 a.C. E eles não foram os únicos a influenciar as histórias do livro sagrado.
As raízes da árvore bíblica também remontam aos sumérios, antigos habitantes do atual Iraque, que no 3o milênio a.C. escreveram a Epopéia de Gilgamesh. Essa história, protagonizada pelo semideus Gilgamesh, menciona uma enchente que devasta o mundo (e da qual algumas pessoas se salvam construindo um barco). Notou semelhanças com a Bíblia e seus textos sobre o dilúvio, a arca de Noé, o fato de Cristo ser humano e divino ao mesmo tempo? Não é mera coincidência. “A Bíblia era uma obra aberta, com influências de muitas culturas”, afirma o especialista em história antiga Anderson Zalewsky Vargas, da UFRGS.
Foi entre os séculos 10 e 9 a.C. que os escritores hebreus começaram a colocar essa sopa multicultural no papel. Isso aconteceu após o reinado de Davi, que teria unificado as tribos hebraicas num pequeno e frágil reino por volta do ano 1000 a.C. A primeira versão das Escrituras foi redigida nessa época e corresponde à maior parte do que hoje são o Gênesis e o Êxodo. Nesses livros, o tema principal é a relação passional (e às vezes conflituosa) entre Deus e os homens. Só que, logo no começo da Beeblia, já existiu uma divergência sobre o papel do homem e do Senhor na história toda. Isso porque o personagem principal, Deus, é tratado por dois nomes diferentes.
Em alguns trechos ele é chamado pelo nome próprio, Yahweh – traduzido em português como Javé ou Jeová. É um tratamento informal, como se o autor fosse íntimo de Deus. Em outros pontos, o Todo-Poderoso é chamado de Elohim, um título respeitoso e distante (que pode ser traduzido simplesmente como “Deus”). Como se explica isso? Para os fundamentalistas, não tem conversa: Moisés escreveu tudo sozinho e usou os dois nomes simplesmente porque quis. Só que um trecho desse texto narra a morte do próprio Moisés. Isso indica que ele não é o único autor. Os historiadores e a maioria dos religiosos aceitam outra teoria: esses textos tiveram pelo menos outros dois editores.
Acredita-se que os trechos que falam de Javé sejam os mais antigos, escritos numa época em que a religiosidade era menos formal. Eles contêm uma passagem reveladora: antes da criação do mundo, “Yahweh não derramara chuva sobre a terra, e nem havia homem para lavrar o solo”. Essa frase, “não havia homem para lavrar o solo”, indica que, na primeira versão da Bíblia, o homem não era apenas mais uma criação de Deus – ele desempenha um papel ativo e fundamental na história toda. “Nesse relato, o homem é co-criador do mundo”, diz o teólogo Humberto Gonçalves, do Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos, no Rio Grande do Sul.
Pelo nome que usa para se referir a Deus (Javé), o autor desses trechos foi apelidado de Javista. Já o outro autor, que teria vivido por volta de 850 a.C., é apelidado de Eloísta. Mais sisudo e religioso, ele compôs uma narrativa bastante diferente. Ao contrário do Deus-Javé, que fez o mundo num único dia, o Deus-Elohim levou 6 (e descansou no 7o). Nessa história, a criação é um ato exclusivo de Deus, e o homem surge apenas no 6o dia, junto aos animais.
Tempos mais tarde, os dois relatos foram misturados por editores anônimos – e a narrativa do Eloísta, mais comportada, foi parar no início das Escrituras. Começando por aquela frase incrivelmente simples e poderosa, notória até entre quem nunca leu a Bíblia: “E, no início, Deus criou o céu e a terra...”
Em 589 a.C., Jerusalém foi arrasada pelos babilônios, e grande parte da população foi aprisionada e levada para o atual Iraque. Décadas depois, os hebreus foram libertados por Ciro, senhor do Império Persa – um conquistador “esclarecido”, que tinha tolerância religiosa. Aos poucos, os hebreus retornaram a Canaã – mas com sua fé transformada. Agora os sacerdotes judaicos rejeitavam o politeísmo e diziam que Javé era o único e absoluto deus do Universo. “O monoteísmo pode ter surgido pelo contato com os persas – a religião deles, o masdeísmo, pregava a existência de um deus bondoso, Ahura Mazda, em constante combate contra um deus maligno, Arimã. Essa noção se reflete até na idéia cristã de um combate entre Deus e o Diabo”, afirma Zalewsky, da UFRGS.
A versão final do Pentateuco surgiu por volta de 389 a.C. Nessa época, um religioso chamado Esdras liderou um grupo de sacerdotes que mudaram radicalmente o judaísmo – a começar por suas escrituras. Eles editaram os livros anteriores e escreveram a maior parte dos livros Deuteronômio, Números, Levítico e também um dos pontos altos da Bíblia: os 10 Mandamentos. Além de afirmar o monoteísmo sem sombra de dúvidas (“amarás a Deus acima de todas as coisas” é o primeiro mandamento), a reforma conduzida por Esdras impunha leis religiosas bem rígidas, como a proibição do casamento entre hebreus e não-hebreus. Algumas das leis encontradas no Levítico se assemelham à ética moderna dos direitos humanos: “Se um estrangeiro vier morar convosco, não o maltrates. Ama-o como se fosse um de vós”.
Outras passagens, no entanto, descrevem um Senhor belicoso, vingativo e sanguinário, que ordena o extermínio de cidades inteiras – mulheres e crianças incluídas. “Se a religião prega a compaixão, por que os textos sagrados têm tanto ódio?”, pergunta a historiadora americana Karen Armstrong, autora de um novo e provocativo estudo sobre a Bíblia. Para os especialistas, a violência do Antigo Testamento é fruto dos séculos de guerras com os assírios e os babilônios. Os autores do livro sagrado foram influenciados por essa atmosfera de ódio, e daí surgiram as histórias em que Deus se mostra bastante violento e até cruel. Os redatores da Bíblia estavam extravasando sua angústia.
Por volta do ano 200 a.C., o cânone (conjunto de livros sagrados) hebraico já estava finalizado e começou a se alastrar pelo Oriente Médio. A primeira tradução completa do Antigo Testamento é dessa época. Ela foi feita a mando do rei Ptolomeu 2o em Alexandria, no Egito, grande centro cultural da época. Segundo uma lenda, essa tradução (de hebraico para grego) foi realizada por 72 sábios judeus. Por isso, o texto é conhecido como Septuaginta. Além da tradução grega, também surgiram versões do Antigo Testamento no idioma aramaico – que era uma espécie de língua franca do Oriente Médio naquela época.
Dois séculos mais tarde, a Bíblia em aramaico estava bombando: ela era a mais lida na Judéia, na Samária e na Galiléia (províncias que formam os atuais territórios de Israel e da Palestina). Foi aí que um jovem judeu, grande personagem desta história, começou a se destacar. Como Sócrates, Buda e outros pensadores que mudaram o mundo, Jesus de Nazaré nada deixou por escrito – os primeiros textos sobre ele foram produzidos décadas após sua morte.
E o cristianismo já nasceu perseguido: por se recusarem a cultuar os deuses oficiais, os cristãos eram considerados subversivos pelo Império Romano, que dominava boa parte do Oriente Médio desde o século 1 a.C. Foi nesse clima de medo que os cristãos passaram a colocar no papel as histórias de Jesus, que circulavam em aramaico e também em coiné – um dialeto grego falado pelos mais pobres. “Os cristãos queriam compreender suas origens e debater seus problemas de identidade”, diz o teólogo Paulo Nogueira, da Universidade Metodista de São Paulo. Para fazer isso, criaram um novo gênero literário: o evangelho. Esse termo, que vem do grego evangélion (“boa-nova”), é um tipo de narrativa religiosa contando os milagres, os ensinamentos e a vida do Messias.
A maioria dos evangelhos escritos nos séculos 1 e 2 desapareceu. Naquela época, um “livro” era um amontoado de papiros avulsos, enrolados em forma de pergaminho, podendo ser facilmente extraviados e perdidos. Mas alguns evangelhos foram copiados e recopiados à mão, por membros da Igreja. Até que, por volta do século 4, tomaram o formato de códice – um conjunto de folhas de couro encadernadas, ancestral do livro moderno. O problema é que, a essa altura do campeonato, gerações e gerações de copiadores já haviam introduzido alterações nos textos originais – seja por descuido, seja de propósito. “Muitos erros foram feitos nas cópias, erros que às vezes mudaram o sentido dos textos. Em certos casos, tais erros foram também propositais, de acordo com a teologia do escrivão”, afirma o padre e teólogo Luigi Schiavo, da Universidade Católica de Goiás. Quer ver um exemplo?
Sabe aquela famosa cena em que Jesus salva uma adúltera prestes a ser apedrejada? De acordo com especialistas, esse trecho foi inserido no Evangelho de João por algum escriba, por volta do século 3. Isso porque, na época, o cristianismo estava cortando seu cordão umbilical com o judaísmo. E apedrejar adúlteras é uma das leis que os sacerdotes-escritores judeus haviam colocado no Pentateuco. A introdução da cena em que Jesus salva a adúltera passa a idéia de que os ensinamentos de Cristo haviam superado a Torá – e, portanto, os cristãos já não precisavam respeitar ao pé da letra todos os ensinamentos judeus.
A julgar pelo último livro da Bíblia cristã, o Apocalipse (que descreve o fim do mundo), o receio de ter suas narrativas “editadas” era comum entre os autores do Novo Testamento. No versículo 18, lê-se uma terrível ameaça: “Se alguém fizer acréscimos às páginas deste livro, Deus o castigará com as pragas descritas aqui”. Essa ameaça reflete bem o clima dos primeiros séculos do cristianismo: uma verdadeira baderna teológica, com montes de seitas defendendo idéias diferentes sobre Deus e o Messias. A seita dos docetas, por exemplo, acreditava que Jesus não teve um corpo físico. Ele seria um espírito, e sua crucificação e morte não passariam – literalmente – de ilusão de ótica. Já os ebionistas acreditavam que Jesus não nascera Filho de Deus, mas fora adotado, já adulto, pelo Senhor. A primeira tentativa de organizar esse caos das Escrituras ocorreu por volta de 142 – e o responsável não foi um clérigo, mas um rico comerciante de navios chamado Marcião.
A Bíblia segundo Marcião
Ele nasceu na atual Turquia, foi para Roma, converteu-se ao cristianismo, virou um teólogo influente e resolveu montar sua própria seleção de textos sagrados. A Bíblia de Marcião era bem diferente da que conhecemos hoje. Isso porque ele simpatizava com uma seita cristã hoje desaparecida, o gnosticismo. Para os gnósticos, o Deus do Velho Testamento não era o mesmo que enviara Jesus – na verdade, as duas divindades seriam inimigas mortais. O Deus hebraico era monstruoso e sanguinário, e controlava apenas o mundo material. Já o universo espiritual seria dominado por um Deus bondoso, o pai de Jesus. A Bíblia editada por Marcião continha apenas o Evangelho de João, 11 cartas de Paulo e nenhuma página do Velho Testamento. Se as idéias de Marcião tivessem triunfado, hoje as histórias de Adão e Eva no paraíso, a arca de Noé e a travessia do mar Vermelho não fariam parte da cultura ocidental. Mas, por volta de 170, o gnosticismo foi declarado proibido pelas autoridades eclesiásticas, e o primeiro editor da Bíblia cristã acabou excomungado.
Roma, até então pior inimiga dos cristãos, ia se rendendo à nova fé. Em 313, o imperador romano Constantino se aliou à Igreja. Ele pretendia usar a força crescente da nova religião para fortalecer seu império. Para isso, no entanto, precisava de uma fé una e sólida. A pressão de Constantino levou os mais influentes bispos cristãos a se reunirem no Concílio de Nicéia, em 325, para colocar ordem na casa de Deus. Ali, surgiu o cânone do cristianismo – a lista oficial de livros que, segundo a Igreja, realmente haviam sido inspirados por Deus.
“A escolha também era política. Um grupo afirmou seu poder e autoridade sobre os outros”, diz o padre Luigi. Esse grupo era o dos cristãos apostólicos, que ganharam poder ao se aliar com o Império Romano. Os apostólicos eram, por assim dizer, o “partido do governo”. E por isso definiram o que iria entrar, ou ser eliminado, das Escrituras.
Eles escolheram os evangelhos de Marcos, Mateus, Lucas e João para representar a biografia oficial de Cristo, enquanto as invenções dos docetas, dos ebionistas e de outras seitas foram excluídas, e seus autores declarados hereges. Os textos excluídos do cânone ganharam o nome de “apócrifos” – palavra que vem do grego apocrypha, “o que foi ocultado”. A maioria dos apócrifos se perdeu – afinal de contas, os escribas da Igreja não estavam interessados em recopiá-los para a posteridade. Mas, com o surgimento da arqueologia, no século 19, pedaços desses textos foram encontrados nas areias do Oriente Médio. É o caso de um polêmico texto encontrado em 1886 no Egito. Ele é assinado por uma certa “Maria” que muitos acreditam ser a Madalena, discípula de Jesus, presente em vários trechos do Novo Testamento. O evangelho atribuído a ela é bem feminista: Madalena é descrita como uma figura tão importante quanto Pedro e os outros apóstolos. Nos primórdios do cristianismo, as mulheres eram aceitas no clero – e eram, inclusive, consideradas capazes de fazer profecias. Foi só no século 3 que o sacerdócio virou monopólio masculino, o que explicaria a censura da apóstola e seu testemunho. Aliás, tudo indica que Madalena não foi prostituta – idéia que teria surgido por um erro na interpretação do livro sagrado. No ano 591, o papa Gregório fez um sermão dizendo que Madalena e outra mulher, também citada nas Escrituras e essa sim ex-pecadora, na verdade seriam a mesma pessoa (em 1967, o Vaticano desfez o equívoco, limpando a reputação de Maria).
Na evolução da Bíblia, foram aparecendo vários trechos machistas – e suspeitos. É o caso de uma passagem atribuída ao apóstolo Paulo: “A mulher aprenda (...) com toda a sujeição. Não permito à mulher que ensine, nem que tenha domínio sobre o homem (...) porque Adão foi formado primeiro, e depois Eva”. É provável que Paulo jamais tenha escrito essas palavras – porque, na época em que ele viveu, o cristianismo não pregava a submissão da mulher. Acredita-se que essa parte tenha sido adicionada por algum escriba por volta do século 2.
Após a conversão do imperador Constantino, o eixo do cristianismo se deslocou do Oriente Médio para Roma. Só que, para completar a romanização da fé, faltava um passo: traduzir a palavra de Deus para o latim. A missão coube ao teólogo Eusebius Hyeronimus, que mais tarde viria a ser canonizado com o nome de são Jerônimo. Sob ordens do papa Damaso, ele viajou a Jerusalém em 406 para aprender hebraico e traduzir o Antigo e o Novo Testamento. Não foi nada fácil: o trabalho durou 17 anos.
Daí saiu a Vulgata, a Bíblia latina, que até hoje é o texto oficial da Igreja Católica. Essa é a Bíblia que todo mundo conhece. “A Vulgata foi o alicerce da Igreja no Ocidente”, explica o padre Luigi. Ela é tão influente, mas tão influente, que até seus erros de tradução se tornaram clássicos. Ao traduzir uma passagem do Êxodo que descreve o semblante do profeta Moisés, são Jerônimo escreveu em latim: cornuta esse facies sua, ou seja, “sua face tinha chifres”. Esse detalhe esquisito foi levado a sério por artistas como Michelangelo – sua famosa escultura representando Moisés, hoje exposta no Vaticano, está ornada com dois belos corninhos. Tudo porque Jerônimo tropeçou na palavra hebraica karan, que pode significar tanto “chifre” quanto “raio de luz”. A tradução correta está na Septuaginta: o profeta tinha o rosto iluminado, e não chifrudo. Apesar de erros como esse, a Vulgata reinou absoluta ao longo da Idade Média – durante séculos, não houve outras traduções.
O único jeito de disseminar o livro sagrado era copiá-lo à mão, tarefa realizada pelos monges copistas. Eles raramente saíam dos mosteiros e passavam a vida copiando e catalogando manuscritos antigos. Só que, às vezes, também se metiam a fazer o papel de autores.
Após a queda do Império Romano, grande parte da literatura da Antiguidade grega e romana se perdeu – foi graças ao trabalho dos monges copistas que livros como a Ilíada e a Odisséia chegaram até nós. Mas alguns deles eram meio malandros: costumavam interpolar textos nas Escrituras Sagradas para agradar a reis e imperadores. No século 15, por exemplo, monges espanhóis trocaram o termo “babilônios” por “infiéis” no texto do Antigo Testamento – um truque para atacar os muçulmanos, que disputavam com os espanhóis a posse da península Ibérica.
Escrituras em série
Tudo isso mudou após a invenção da imprensa, em 1455. Agora ninguém mais dependia dos copistas para multiplicar os exemplares da Bíblia. Por isso, o grande foco de mudanças no texto sagrado passou a ser outro: as traduções.Em 1522, o pastor Martinho Lutero usou a imprensa para divulgar em massa sua tradução da Bíblia, que tinha feito direto do hebraico e do grego para o alemão. Era a primeira vez que o texto sagrado era vertido numa língua moderna – e a nova versão trouxe várias mudanças, que provocavam a Igreja (veja quadro na pág. 65). Logo depois um britânico, William Tyndale, ousou traduzir a Bíblia para o inglês. No Novo Testamento, ele traduziu a palavra ecclesia por “congregação”, em vez de “igreja”, o termo preferido pelas traduções católicas. A mudança nessa palavrinha era um desafio ao poder dos papas: como era protestante, Tyndale tinha suas diferenças com a Igreja. Resultado? Ele foi queimado como herege em 1536. Mas até hoje seu trabalho é referência para as versões inglesas do livro sagrado.
A Bíblia chegou ao nosso idioma em 1753 – quando foi publicada sua primeira tradução completa para o português, feita pelo protestante João Ferreira de Almeida. Hoje, a tradução considerada oficial é a feita pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e lançada em 2001. Ela é considerada mais simples e coloquial que as traduções anteriores. De lá para cá, a Bíblia ganhou o mundo e as línguas. Já foi vertida para mais de 300 idiomas e continua um dos livros mais influentes do mundo: todos os anos, são publicadas 11 milhões de cópias do texto integral, e 14 milhões só do Novo Testamento.
Depois de tantos séculos de versões e contra-versões, ainda não há consenso sobre a forma certa de traduzi-la. Alguns buscam traduções mais próximas do sentido e da época original – como as passagens traduzidas do hebraico pelo lingüista David Rosenberg na obra O Livro de J, de 1990. Outros acham que a Bíblia deve ser modernizada para atrair leitores. O lingüista Eugene Nida, que verteu a Bíblia na década de 1960, chegou ao extremo de traduzir a palavra “sestércios”, a antiga moeda romana, por “dólares”. Em 2008, duas versões igualmente ousadas estão agitando as Escrituras: a Green Bible (“Bíblia Verde”, ainda sem versão em português), que destaca 1 000 passagens relacionadas à ecologia – como o momento em que Jó fala sobre os animais –, e a Bible Illuminated (‘Bíblia Iluminada”, em inglês), com design ultramoderno e fotos de celebridades como Nelson Mandela e Angelina Jolie.
A Bíblia se transforma, mas uma coisa não muda: cada pessoa, ou grupo de pessoas, a interpreta de uma maneira diferente – às vezes, com propósitos equivocados. Em pleno século 21, pastores fundamentalistas tentam proibir o ensino da Teoria da Evolução nas escolas dos EUA, sendo que a própria Igreja aceita as teorias de Darwin desde a década de 1950. Líderes como o pastor Jerry Falwell defendem o retorno da escravidão e o apedrejamento de adúlteros, e no Oriente Médio rabinos extremistas usam trechos da Torá para justificar a ocupação de terras árabes. Por quê? Porque está na Bíblia, dizem os radicais. Não é nada disso. Hoje, os principais estudiosos afirmam que a Bíblia não deve ser lida como um manual de regras literais – e sim como o relato da jornada, tortuosa e cheia de percalços, do ser humano em busca de Deus. Porque esse é, afinal, o verdadeiro sentido dessa árvore de histórias regada há 3 mil anos por centenas de mãos, cabeças e corações humanos: a crença num sentido transcendente da existência.

Top 5 matanças

I. Um grupo de meninos malcriados zombou da calvície do profeta Eliseu. Pra quê! Na hora, dois ursos famintos saíram de um bosque e comeram as crianças (2 Reis 2:24).
II. Cercado por um exército de filisteus, o herói Sansão apanhou a mandíbula de um jumento morto. Usando o osso como arma, ele massacrou mil inimigos (Juízes, 15:16).
III. O profeta Elias convidou os sacerdotes do deus Baal para uma competição de orações. Era uma armadilha: Elias incitou o povo, que linchou os pagãos (1 Reis 18:40).
VI. Os judeus haviam perdido a fé e começaram a adorar um bezerro de ouro. Moisés ficou furioso e mandou sacerdotes levitas matar 3 mil infiéis (Êxodo 32:19).
V. A nação dos amalequitas disputava o território de Canaã com os judeus. O Senhor ordena que todos os amalequitas sejam chacinados (1 Samuel 15;18)

Top 5 sacanagens

I. Após a destruição de Sodoma, os únicos sobreviventes eram Ló e suas duas filhas. As filhas de Lot embebedaram o pai e tiveram com ele a noite mais incestuosa da Bíblia (Gênesis 19:31).
II. O Cântico dos Cânticos, atribuído ao rei Salomão, é altamente erótico. Um dos trechos: “Teu corpo é como a palmeira, e teus seios, como cachos de uvas” (Cânticos 7:7).
III. Os anjos do Senhor tiveram chamegos ilícitos com mulheres mortais. “Vendo os Filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas, tomaram-nas como mulheres, tantas quanto desejaram” (Gênesis 6:2).
IV. A Bíblia diz que os antigos egípcios eram muito bem-dotados. Após a fuga para Canaã, a judia Ooliba tem saudades dos tempos em que se prostituía no Egito. Tudo porque “seus amantes (...) ejaculavam como cavalos” (Ezequiel 23:20).
V. O hebreu Onã casou com a viuva de seu irmão, mas não conseguia fazer sexo com ela. Ele preferia o prazer solitário. Dai o nome "onanismo", que significa masturbação. (Genesis 38;9)
              (Fonte: Revista Super Interessante)
Sem comentários adicionais.

sábado, 7 de março de 2015

JESUS: MITO OU VERDADE?

CRISTO, UMA REFERENCIA ASTROLOGICA?

     Depois de alguns dias sem escrever, volto com um assunto muito polemico e pertubardor. 
     O nascimento e vida de Jesus Cristo sempre foi uma questão muito delicada e cheias de especulações. Uma historia que resiste ao próprio tempo, uma historia de um homem que nos ensinara o verdadeiro significado do amor. Até os descrentes, ateus conhecem ou já ouvira falar de Jesus Cristo, o filho de Deus. Mas o que poucos conhecem e a igreja condena, é a outra versão da historia do nascimento de Cristo. A relação do nascimento de Jesus é astrológica e segue eventos descritos em outras culturas em outras eras que antecederam ao Messias. O nascimento de Jesus é acompanhada por eventos contado no paganismo. 
     Antes de iniciar, quero deixar claro que não estou em posição de criticar ou julgar uma historia contada a mais de dois mil anos, que para muitos foi e ainda é uma maneira de viver, e tão pouco não quero mudar a visão de ninguém. Mesmo depois de saber disso, minha fé não foi alterada, permaneço um homem temente a Deus. 
     
     Em toda a historia, conta que Jesus nasceu em 25 de dezembro. Certo? Errado. O nascimento de Jesus é uma representação astrológica. Veja por que. Todo 24 de dezembro a estrela Sirius, a mais brilhante do deu noturno no ocidente, se alinha com outras três estrelas do cinturiao de Orion. Essas três estrelas são chamadas de três reis ( em Portugal) três Marias no Brasil. Juntas elas apontam para o sol nascente em 25 de dezembro com a perspectiva do hemisfério norte do globo. No solstício de inverno, o sol se move para o sul, onde os dias ficam mais curtos, o que dava a impressão de morte do sol pelos pagãos. Nos dias 22, 23 e 24 de dezembro o sol não se move. Mas no dia 25 de dezembro algo acontece, o sol se move 1° ao norte, o sol ressuscitou. Ao fazer isso o sol fica na constelação Cruzeiro do Sul, o sol morreu na cruz.

O sol permanece morto por três dias e renasce e morre na constelação Cruzeiro do Sul. 

     Apos três dias sem se mover ou "morto", ressuscita ou nasce uma vez mais. Esta é a razão pela qual Jesus e muitos outros deuses do sol partilham da ideia da crucificação. Morte de três dias e o conceito de ressurreição. Esse é o período de transição do sol a mudar de direção contraria no hemisfério norte, trazendo a primavera, a salvação. Mas a ressurreição do sol, só é celebrada no equinócio de primavera ou a pascoa. Isto ocorre por que, no equinócio de primavera o sol vence as trevas, o bem vence o mau, as trevas. Os dias se tornam maiores. 

A Cruz do zodíaco. Aqui contem: solstícios, equinócios, os doze meses do ano que é representada pelos signos, as quatro estações e as fases da lua.

 Isto é muito mais do que uma representação artística ou instrumento pagão. É também uma adaptação para um dos símbolos do cristianismo. Observe a figura abaixo.

Aqui temos a cruz, simbolo máximo do cristianismo. Ao centro a representação do sol.



     Outra grande analogia seria o número 12, ele aparece algumas vezes. Os doze discípulos de Jesus, eles são simplesmente as doze constelações do zoodiaco e Jesus sendo o sol. 
     Em uma outra de muitas referencias astrológicas na Bíblia, uma das mais importantes tem a ver com o conceito de eras. Para entender melhor, devemos entender o fenômeno precessão dos equinócios. 
Os antigos egípcios, assim como outras culturas antes deles, repararam que aproximadamente a cada 2.150 anos, durante o equinócio da primavera o sol nascia num diferente signo do zoodiaco. Isto ocorre devido a lenta oscilação angular que a Terra mantem enquanto gira sobre seu eixo. É chamada de precessão, porque os signos vão para trás, ao invéz de manter no seu ciclo normal. O tempo aproximado de cada precessão completa através dos doze signos é de 25.765 anos, este ciclo quando completado é chamado de "Grande ano". Referem-se a cada 2.150 anos como " era".

EXEMPLOS DE ERA:

De 4.300 a.C. a  2.150 a.C. - Era de Taurus (Touro)
De 2.150 a.C. a 1 d.C.          - Era de Aries ( Carneiro)
De 1 d.C. a 2.150 d.C.         - Era de Pisces ( Peixe) era atual.
Por volta de 2.150 d.C. entraremos na era de Aquarius.

     No velho testamento, quando Moisés desceu o monte Sinai com os dez mandamentos, ele fica pertubardo ao ver seu povo adorando um bezerro dourado. Moisés partiu a pedra dos dez mandamentos e ordenou a todos que se matassem, para purgarem o mal. Esse bezerro dourado é Taurus (era de touro) e Moisés representa a era de aries, o Carneiro. Outras divindades marcam essa transição, tais como Mithra. Um Deus pré-cristao que mata o touro na mesma simbologia. Jesus representa a era seguinte à de carneiro, a era de Peixes. O simbolismo de Jesus com a era de peixes é abundante no novo testamento: Jesus alimenta 5000 pessoas com dois peixes ( Mat. 14;7).

Este é um simbolismo astrológico pagão para o reinado do sol durante a era de peixes. 

      Muitas pessoas tem adesivos colados na parte traseira dos veículos sem suspeitar o real significado deste simbolo. 

     Em Lucas 22;10 quando Jesus é questionado se a próxima passagem será depois que ele for embora, Jesus responde: "eis que quando entrares na cidade, encontrareis um homem levando um cântaro de agua, segui-o até a casa que ele entrar". Esta é de longe a mais reveladora referencia astrológica. O homem que leva o cântaro de agua é Aquarius, ele representa a era de aquário, conforme a precessão dos equinócios. 
     Fica evidente no livro de Apocalipse, a coluna vertebral da ideia que surge em Mateus 28;20, onde Jesus diz: " I will be with you even to the end of the world". "Eu estarei convosco até o fim do mundo". 
Na tradução inglesa da bíblia a palavra " world" está traduzida errada. A palavra usada era "Aeon" que significa "ERA" - Eu estarei convosco ate o fim da era. Que de fato é verdade, Jesus como personificação solar em peixes, irá acabar quando o sol entrar na era de aquário. Este é o conceito de fim dos tempos e do fim do mundo, é uma má interpretação desta alegoria astrológica. 
     Se alguem tem duvidas de quando Jesus voltará, talvez essa seja uma boa pista. O que faz muito sentido, pois uma vez a muito tempo, eu havia lido (não me recordo onde), que a era de aquário seria a pior era de todos os tempos da humanidade. Na época não entendi exatamente o que significaria a era de aquário. Talvez seja verdade, ou não, o que importa disso tudo é a influencia de Jesus como nosso salvador. O amor espalhado ao mundo através de sua historia.